20 março 2007

O romance da encalhada e o filho atrapalha soda*

Por Adriana Thiara

São 22h17 e eu não consegui dormir ainda.
Motivo: Descobri que meu filho, um garoto de sete anos, confabula o meu encalhe, secura, queijo...

Exatamente isso.

Ouvi, todas as palavras, planos e idéias, saídas da boca e mente dele, as quais me mantém na prateleira.
Fiquei horrorizadaaaaaaaaaaa!!!

Tudo começou há umas duas horas, antes de dormirmos. Habitualmente, conversamos sobre um monte de coisas. Nessas conversas, oramos, lemos a Bíblia, dá tempo de “passar o rela”, rimos um do outro, cantamos alto, brigamos, faço massagem no pé, na mão ou na perninha dele (depende do meu nível de cansaço e entusiasmo), escovamos os dentes e vamos dormir... mas vez ou outra, ainda tem assunto para conversar na horizontal...

Eiiiiiiii
Alto lá... nada de insexto.

E hoje, rolou uma destas conversas, na verdade rolou mesmo foi desvendar de um mistério, similar aos dos roteiros de Tv ou cinema, que deixa os protagonistas numa ultra saia justa.

Confesso que nem sei como foi que chegamos no assunto “Mamãe quer casar”, mas sei que como sempre, Yuri ficou nervoso e desta vez, confessou seus planos contra mim.

Ahhhhh... reparem bem.

Frase 1: “Mãe, eu não vou deixar você casar, porque o mundo tá muito perigoso”.

Hã?! Eu não compreendi. Tive que pedir explicação.

Frase 2: “Alguém pode fazer mal a você”.

Meu Deus! Quase enfartei. Tentei explicar que sou crescidinha, que não ia “me passar”, mas não deu certo.

Frase 3: “Ah, minha filha, você não sabe de nada”.

Pronto, agora deu!

Meu argumento mudou. Tentei apelar e disse a ele:
- Meu filho, você quer que sua mãe morra seca?
- Você vai morrer seca, porque eu não vou deixar você se casar. Se você arrumar um paquera eu vou fazer você brigar com ele.
- Como? - Perguntei querendo saber como é que um pivete ia fazer isso.
Yuri ficou fazendo umas mímicas para não explicar o como. Insisti um pouco e como é rotina em nossa relação, ele acabou contanto.
- Se ele tiver um carro, vou colocar um sutian e uma calcinha dentro do carro dele para você achar que ele tem outra namorada. - Sussurrou Yuri.
- Ô menino, tu não tá assistindo muita novela das seis? - Não resisti e fiz esta pergunta.
- Minha filhaaa, essas novelas são fraquinhas.

Lembrei do meu último romance. Yuri tinha simpatizado com o figura até o instante que o viu abraçado a mim. E perceba, eu ainda nem tinha trocado um fungado sequer com o cidadão. Tudo ainda pairava no nível da amizade. Mas como ele tinha visto a cena de perigo, começou a fazer torcida contra. Arrumou defeito, disse que ele era chato e, quando comuniquei oficialmente em casa “ Não deu certo”, ele respondeu com um sonoro “Ele era um idiota mesmo”.

Depois que o trailler desta love history passou como flash no ar na minha cabeça, indaguei.
- Ô Yuri, vem cá. Tu anda pedindo a Deus pra que eu fique encalhada?
A resposta foi o fim.
- Tô!

Pronto. Depois desta, entendi porque minhas orações parecem bater num céu de bronze. Também, combater com um anjo é de lascar.


São 22h48.
Agora, durma com uma zuada dessas.

* soda – para não pecar duas vezes, a palavra original ficou só no pensamento.





Chefe da operação anticasamento materno

Será que neste noite ele estava em ação?!!!

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Adorei o que ele disse....vou concordar com ele em grau genero e numero...rsss
Sabe porque ne....rss...Adivinha quem sou euuuuuuuuu

4:21 PM  

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