04 abril 2007

Um ovo, dois ovos, três ovos, assim...

Por Adriana Thiara

Hahahaha
Vamos lá...
Afinem a voz...
Estão convidados a entoar este bela canção.

Três, quatro.

Sim... três, quatro... porque músico que é músico, em especial instrusmentistas, não fala o número um, muito menos o dois.

Vamos lá, sem vergonha.

“Coelhinho da Páscoa, que trazes para mim? Um ovo, dois ovos, três ovos, assim...
Coelhinho da Páscoa, que cor ele tem? Azul, amarelo e vermelho, também...”

Outra, outra...

“De olhos vermelhos, de pêlo branquinho, orelhas bem longas, eu sou coelhinho. Sou muito esperto, porém sou dengoso, dá uma cenouraaaaa, eu fico guloso. Eu pulo pra frente, eu salto pra trás, dou mil cambalhotas sou forte demais. Comi uma cenoura com casca e tudo, tão grande ela eraaaaaa, fiquei barrigudo.”

Aêeeeeeee

Muito bem!!

Isso foi um relax, parte integrante desta crônica.

No último fim de semana, mas precisamente na sexta-feira, 30 de março, abri meu empreendimento. De fato, é um grande negócio. É uma pena que não deu certo, em partes.

Como os ovos de páscoa estão mais salgados do que doces nesta Páscoa e, é uma tristeza deixar uma criança sem a melhor iguaria da humanidade, leia-se chocolate (que empata, lindo e com força, com ... (letras 18+5+22+14), na minha opinião de gente bitolada), tive uma idéia brilhante.

Brilhante, mas nada original.

Quando eu era criança, minha mãe sempre comprava barras de chocolate e forminhas para que nós fizéssemos nossos ovos, coelhos, cenouras e afins, tudo em casa. Além de muito divertido, era saboroso, comer as raspas do chocolate crua, depois se queimar com chocolate quente, estragar este bem precioso quando as forminhas caiam no chão e depois, esperar míseros cinco minutos, tempo que separa a criança da felicidade, até o momento exato de cair de boca e matar a vontade de comer o chocolate.

Pensando em promover um encontro entre boas lembranças futuras e meu primogênito, propus que nesta Páscoa nós confeccionássemos os nossos presentes “cacaulísticos”. Idéia aprovada, por isso tem o mérito de ser brilhante.

E na sexta-feira, comecei a trabalhar.
Raspei, liguei o fogo, arrumei panelas para banho-maria, derreti chocolate, fiz a primeira remessa. Tudo isso ladeada pelo meu pequeno Yuri. Meia hora depois, estávamos todos na cozinha. Minha mãe, meu irmão, Yuri e eu, empolgadíssimos, produtivos, raspando, derretendo, melados, nostálgicos.

Isso durou cerca de três horas. Ao final, nossa linha de produção obteve como resultado três ovos médios, tipo o número 12 comercial, 10 ovos pequenos, tipo o de 45g, 18 pirulitos de coelho, um coelho e uma cozinha imunda.

Meu investimento total foi de R$ 9,00, muito bem recompensado quando Yuri e eu nos abraçamos e ele disse:

- Mãe, esta é a melhor fábrica de chocolate do mundo.

Esqueci que, naquela noite, estava suja, cansa e com dor de cabeça.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

E isso ai cara...ah se torcer pro tal de galo...vai ser chamado pra jogar la...rsss...continua assim...nunca desista

4:23 PM  

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