24 junho 2007

A Revelação

Por Adriana Thiara

Este poderia ser um domingo normal, como qualquer outro.

Em Maceió (AL) fez sol, temperatura média de 27º, alguns pessoas foram a praia, outras ficaram em casa, deve ter tido gente que saiu para desestressar, muitos foram à igreja, outros tantos fizerem uma infinidade de atividades, cada um a seu modo para aproveitar este domingo, 24 de junho.

Por si só este domingo não é tão normal, afinal, para muitos católicos – praticantes ou não – hoje é dia de um santo, famosérrimo. Mas este detalhe não vem ao caso, simplesmente, por não interessar ao fato divinamente inexplicável que me ocorreu neste 24 de junho de 2007.

Como sempre, o que vivi nesta tarde, levou-me a ficar sem sono, até escrever mais uma crônica.

Pois bem...

Eram 15h. Rotineiramente, Yuri sai para brincar a esta hora, independente do dia da semana. Rotina acordada e cumprida, sagradamente de segunda a sexta-feira, por dona Luzia, que é a mãe-vó dele. E como hoje é domingo e eu era a responsável por Yuri, integralmente, peguei aquela velha cadeira confortável de plástico e sentei na porta para observá-lo.

Não sou lá destas mães obsecadas em proteger a prole, assim, deixei o Yuri bem à vontade para brincar como quisesse. Vez ou outra, dou uma olhadinha para ele e hoje, neste domingo, fiquei à porta, para ler.

A obra que eu tentei me debruçar chegou em minhas mãos por um colega de trabalho que, gentilmente me emprestou, por dizer que tal texto é leitura primordial à minha sede de conhecimento e inspiração a minha própria literatura. A tal chama-se Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley (1894 – 1963), um inglês radicado nos Estados Unidos, dono de um pensamento literário futurista e extremante atual.

Entretanto, o mais interessante desta história que começa sem pé e nem cabeça foi que ela não saiu do Admirável Mundo Novo, bem como não tem nada a ver com Yuri. Digamos que tudo isto foi um preâmbulo para minha própria história.

Estava lendo a página 10, quando avistei um senhor, vestido de camisa básica branca com um desenho na frente. Ele vinha com sacolas na mão e certamente ia a casa da irmã, que é uma das minhas vizinhas.

Sempre vi este homem aqui na rua, não com muita freqüência, ele nunca falou comigo, nem me soltou os “Bom Dia” que são palavras-chaves na política da boa vizinhança. Mas hoje, neste domingo, ele caminhou em direção a casa da irmã e, antes de chegar ao destino final, parou a uns cinco metros de distância de mim e disse “Ei, você”.

Antes de me chamar, olhei para ele, como se pressentisse a chegada de alguém familiar, mas ao perceber que não se tratava de alguém tão familiar assim, voltei a leitura e ouvi o “Ei, você”.

Achei que não era comigo, voltei os olhos para página amarelada do livro de bolso. O homem veio em minha direção, como quem vem a uma vizinha conhecida para falar uma novidade.

De fato, era uma novidade, endereçada só para mim.

O homem me olhou com um olhar terno, fraterno, familiar, brilhoso e me disse, repetidamente, palavras divinas, proféticas e milagrosas. Uma revelação.

...

Diante de tantas palavras, fiquei sem palavra.

Ele levantou minha mão em direção ao céu, orou comigo, abraçou-me. Por mais que eu tentasse entender aquilo tudo, o momento era maior do que eu, e mesmo que eu tentasse explicar para você, caro leitor, cara leitora, humanamente, eu não conseguiria.

Foi meu minuto com Deus.

Ele foi embora. Eu sentei. Peguei o livro novamente. Abri na página 10. Não consegui ler mais uma linha. Fiquei outro minuto meditando no que houve. Percebi que os vizinhos não entenderam o que se passou, mas eu também nem me preocupei com ficar preocupada com isso.

Entrei em casa e me voltei para Deus.

Outro minuto com Deus.

Apesar de não está em mim, tentei compreender a magnitude daquele momento. Como eu, fraca, pecadora, infiel e mortal pude estar assim, cara a cara com Deus.

Um Deus revelado.

Em forma de um homem comum, que não tem nenhuma relação comigo ou minha família, chegou e disse exatamente aquilo que confortou meu coração. Numa anunciação que eu não entendi plenamente, pela minha limitação humana, mas que me garantiu a certeza da vitória, ou melhor, das vitórias nos desertos da vida.

...

Depois disto, estou cantarolando até agora uma música chamada Milagre, que diz no refrão: Hoje o meu milagre vai chegar/ Eu vou crer não duvidar/ O preço que foi pago ali na cruz/ me dá vitória.

Se você não acredita que Deus se revela, paciência. Se você não crê em Deus, sinto muito. Mas se você é capaz de sentir a verdade destas palavras, glórias.

Apesar de ter sido um fato muito pontual em minha vida, em especial em minha trajetória como cristã, hoje, domingo, 24 de junho de 2007, tive uma experiência com Deus e eu seria muito egoísta se não compartilhasse esta dádiva com você.

Eu até queria dizer-te o que Deus me disse, mas creio que o melhor mesmo é esperar que Ele se revele para você e lhe diga exatamente o precisas ouvir.

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3 Comentários:

Blogger Thalita Luna disse...

Eu creio!!!!

Creio num Deus vivo, que ouve, que sabe das nossas necessidades e conhece nosso coração...creio num Deus q fala e ainda melhor q anseia por um relacionamento com seus filhos!!!

Minha irmãzinha querida, é sempre bom ouvir a voz do nosso Pai!
Bjssssssssssssssssss

1:16 AM  
Blogger Fabi Carneiro disse...

Amiga, linda...
que Deus te abençoe, sempre!
Beijos

10:30 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Que coisa linda!!!! Amei suas palavras e fiquei emocionada no
decorrer da leitura. Acredito plenamente na existência de um Deus maravilhoso, que só o
bem quer para seus filhos. É uma pena que o ser humano, a maquina mais perfeita do mundo, não observe com carinho os milagres diários que a vida nos oferece. Mas é maravilhoso saber que ainda podemos usar a sensibilidade para chegar perto de Deus.
Todos os dias recebemos revelações diversas desse ser supremo e tão
bom. Ele é responsável pelo quebra-cabeça denominado vida, onde tudo tem sua razão de ser e sua necessidade na hora exata. O nosso dia a dia é uma escola de
altissimo grau e o aprendizado depende da nossa capacidade de captar os sentimentos nos menores gestos. O nosso coração é uma fonte cristalina repleto de coisas boas e a nossa consciência é a reguladora dos nossos atos.
Quando colocamos em prática o amor que Cristo nos ensinou, exercitamos nosso potencial humano de propagar o maior de todos os sentimentos. Que a paz de Jesus Cristo esteja sempre com você.
Tudo de bom!!!
Fique com Deus.
Cássia Moreno

10:09 PM  

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