24 julho 2009

A farra no Senado tem que acabar. Contamos com você!


Acabo de receber uma informação valiosa e por essa razão, vou exercitar minha cidadania.
Dois advogados gaúchos e muito “cabras macho”, estão brigando na justiça desde março de 2009 por uma causa mais que justa: a transparência na administração dos cofres públicos, em particular, pela moralização das verbas no Senado Federal.

O processo n° 2009 .71.00.00 9 197-9, que tramita na 5ª Vara federal de Porto Alegre, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Rio Grande do Sul, pode ser acompanhado por qualquer cidadão.

A ação popular movida pelos cidadãos e advogados Irani Mariani e Marco Pollo Giordani tem como réus a União, os senadores Garibaldi Alves e Efraim Morais e todos os 3.883 funcionários do Senado Federal. O ponto nuclear da ação é que durante o recesso de janeiro deste ano, em que nenhum senador esteve em Brasília, 3,8 mil servidores do Senado, sem exceção, receberam, juntos, R$ 6,2 milhões em horas extras não trabalhadas - segundo a petição inicial.

Os senadores Garibaldi e Efraim são, respectivamente, o ex-presidente e o ex-secretário da Mesa do Senado. Foram eles que autorizaram o pagamento das horas extras por serviços não prestados.A ação popular também busca "a revisão mensal do valor que cada senador está custando: R$ 16.500,00 (13º, 14º e 15º salários); mais R$ 15.000,00 (verba de gabinete isenta de impostos); mais R$ 3.800,00 de auxílio moradia; mais R$ 8.500,00 de cotas para materiais gráficos; mais R$ 500,00 para telefonia fixa residencial, mais onze assessores parlamentares (ASPONES) com salários a partir de R$ 6.800,00; mais 25 litros/DIA de combustível, com carro e motorista; mais cota de cinco a sete passagens aéreas, ida e volta, para visitar a 'base eleitoral'; mais restituição integral de despesas médicas para si e todos os seus dependentes, sem limite de valor; mais cota de R$ 25.000,00 ao ano para tratamentos odontológicos e psicológicos" .
Esse conjunto de gastos está - segundo os advogados Mariani e Giordani - "impondo ao erário uma despesa anual em todo o Senado, de R$ 406.400.000,00 ou R$ 5.017.280,00 para cada senador.

Tais abusos acarretam uma despesa paga pelo suado dinheiro do contribuinte em média de R$ 418.000,00 por mês, como custo de cada senador da República".

A causa será conduzida pela juíza Vânia Hack de Almeida. Vamos aguardar que essa cidadã e juíza, tenha discernimento.

Vamos mobilizar as pessoas.

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05 junho 2007

O que para uns é lixo, para outros é futuro.

Após o alerta que surpreendeu o mundo sobre o aquecimento global em janeiro deste ano, a população percebeu que o aumento da temperatura está relacionado às atitudes e os projetos de desenvolvimento adotados pelo homem, que não levem em consideração seu efeito na rotina do ambiente, bem como seu impacto.

Os cientistas alertam que uma das atitudes do homem que vem desgastando o meio ambiente e contribuindo significativamente com o aquecimento global é a poluição e ingerência dos resíduos.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das 228.413 toneladas de lixo coletadas diariamente no Brasil, pouco mais de 4 mil, ou seja, 1,9% do total, passam por uma seleção antes de chegar ao destino final. O serviço existe em apenas 8,2% dos municípios brasileiros e está concentrado nas Regiões Sul e Sudeste.

Ainda segundo o estudo, 59% desse lixo não passam por qualquer gerenciamento, sendo despejados nos aterros a céu aberto, sem qualquer tratamento ou seleção prévia, e na maioria das vezes, afetando o equilíbrio do ecossistema.

Atualmente, existem cerca de 100 projetos de Lei que tramitam no Congresso, segundo a TV Câmara, cuja proposta é o destino do lixo. Ainda sem uma posição oficial que regulamente o lixo, crescem os lixões, problemas de saúde e a degradação ambiental.
Enquanto isso, o despejo inadequado gera risco de contaminação do solo, de rios e águas subterrâneas, além da proliferação de parasitas e doenças entre famílias de baixa renda, que vivem da catação do lixo ou são socialmente vulneráveis.

Por onde começar?
Uma coisa é certa: o lixo faz parte da rotina de todas as pessoas, cidades, estados e países. Em Alagoas são geradas cerca de 3.000 toneladas de lixo por dia e, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento só existem apenas duas usinas de reciclagem registradas.

Entretanto, o lixo pode receber tratamento e direcionamento adequado para que cause o menor dano possível ao meio ambiente e a vida humana. E por onde começar? Com a coleta seletiva.

A coleta seletiva pode ser feita por qualquer pessoa, fazer parte da rotina de escolas, condomínios e empresas. Realizando a coleta seletiva, é possível desviar o lixo ou resíduos que podem ser reutilizados, de destinos poluentes ou que o deixem fadado à inutilidade total, como lixões e aterros.

A dona de casa Luzia Oliveira (45) separa o lixo doméstico diariamente há mais de um ano. Para ela, a coleta além de ser uma questão de consciência, é uma questão de sobrevivência.”Eu faço minha parte e, conseqüentemente, cuido melhor da minha vida”, comenta.

Luiza conta que começou a fazer a coleta estimulada por um projeto em sua comunidade religiosa. “O projeto acabou não dando certo, mas eu continuei a separar o lixo. Hoje, além de mim, meus filhos e neto já separam e higienizam as embalagens de alimentos, caixas de papel, plástico, entre outros; minhas irmãs entraram na mesma “onda” e os vizinhos que sabem, também separam o lixo. E a corrente está aumentando”, afirma esperançosa.

O beneficiado com a seleção criteriosa da dona de casa, é o catador André Silva, que duas vezes por mês recolhe o lixo reciclável e revende o que foi coletado para sustentar sua família.

Já o edifício Danúbio, na Ponta Verde, foi mobilizado por um garoto de oito anos. Matheus Perrotti explicou a mãe, Alessandra Gama, sobre os prejuízos causados pelo lixo e a importância da coleta seletiva. O resultado da conversa: na reunião de condomínio, este tema entrou em pauta. “Não sabemos como mensurar a quantidade que é entregue, mas temos certeza que isso beneficia toda sociedade”, diz Alessandra Gama.

Programa de Reciclagem e sustentabilidade
Em Maceió, Instituto GBarbosa lançou em janeiro deste ano, um Programa de Reciclagem. Com o objetivo de contribuir para a preservação do meio-ambiente, geração de renda e, conseqüente, a melhoria da qualidade de vida das pessoas que sobrevivem do lixo, o programa instalou um posto de coleta seletiva em uma das lojas da rede GBarbosa, no bairro Stella Maris.

Tanto o GBarbosa quanto os clientes fazem a entrega do lixo e a média diária de material reciclável coletado é de 500 quilos. Todo lixo está sendo entregue a Cooperativa dos Recicladores de Lixo Urbano de Maceió (Cooplum), em Cruz das Almas, formada por mais de 20 famílias do Lixão de Maceió, tudo isso acordado em um termo de ajuste.

Para a presidente do Instituto GBarbosa, Nadja Matos, esta ação visa sensibilizar a sociedade sobre a importância do meio ambiente para a perpetuação da vida humana e melhorar a qualidade de vida da comunidade que depende do lixo para sobreviver.

De acordo com Nadja, não seria suficiente fazer a coleta, sabendo que o lixo não teria um aproveitamento adequado. “A vizinhança tem participado depositando seu lixo seco separado nos coletores, contribuindo, assim, para que as famílias do lixão e passem a viver com mais dignidade”, comenta Nadja.

COOPLUM
É com a consciência de que todos são agentes transformadores do meio-ambiente, que o Instituto GBarbosa e o Gbarbosa uniram forças para fazer desse projeto de reciclagem um exemplo a ser seguido por todos.

Hoje, o GBarbosa beneficia a Cooplum com cerca de 500 quilos de lixo reciclável por dia e de janeiro a abril, cerca de 4,8 toneladas já foram coletadas. Com isso, os cooperados aumentaram a renda mensal de R$ 120,00 para R$ 180,00.

Para Vinícius Sabino Gonçalves, presidente da Cooplum, além de cuidar do meio ambiente, o GBarbosa tem proporcionado a melhoria da qualidade de vida das pessoas que sobrevivem do nosso lixo. "Esta parceria no segmento de supermercado é pioneira e vem dando certo. Seria importante que a sociedade e outras empresas se envolvessem também", comentou Vinícius.

Como Maceió é a primeira capital a atuar como Programa de Coleta Seletiva da rede supermercadista, a expectativa é replicar o modelo em outras unidades.

Amanhã, tem lixo.
Mesmo que pareça insignificante guardar latas, embalagens, pláticos ou vidros, faça você mesmo a coleta seletiva, bons exemplos não faltam. O benefício pode não ser imediato, mas o futuro agradece. Afinal, lixo se produz todos os dias. E cada um é responsável pelo seu.

Sites consultados:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/default.shtm
http://www.akatu.net
www.mma.gov.br
www.gbarbosa.com.br

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